Caro, cliente! Faz um tempo já desde nossa última conversa!
Estive bastante engajado em introduzir vários exames novos juntamente com nossa equipe de Pesquisa e Desenvolvimento.
Todas as novidades visam não somente atender a algumas demandas, mas também em prover inovações e facilidades para diagnóstico e acompanhamento na sua rotina clínica.
Vamos falar um pouco de cortisol!
Já sabemos que as mensurações de cortisol são muito úteis em provas diagnósticas para confirmação e classificação de doenças como hiperadrenocorticismo e hipoadrenocorticismo.
O cortisol também pode ser empregado para avaliação fisiológica de resposta ao estresse.
A partir daí, surge um entrave que, por vezes, pode tanto interferir na confirmação de doença endócrina quanto na precisão da resposta do paciente ao estresse.
A coleta de sangue é um processo invasivo que pode levar a alterações nos níveis de cortisol. Além disso, o próprio deslocamento e alojamento do animal em ambiente diferente do usual já contribui para oscilações desse hormônio.
Os animais, sejam eles domiciliados ou alojados em criatórios ou zoológicos, são expostos a inúmeros fatores estressantes, que podem resultar em estresse agudo ou crônico, de acordo com o tempo de exposição.
A intensidade do estresse está diretamente relacionada com a ocorrência e severidade de impactos sobre saúde física e psicológica. Atualmente, existe uma grande ênfase em Medicina Veterinária Preventiva, com destaque especial para o bem-estar animal.
Dentro desse contexto, a dosagem de cortisol é um importante parâmetro fisiológico para avaliar a resposta ao estresse.
De fato, se vamos avaliar estresse animal, ou até mesmo empregar provas diagnósticas para doenças endócrinas, tudo que não queremos são fatores ligados à coleta ou acondicionamento do paciente contribuindo para o comprometimento da amostragem.
Por esse motivo, e baseado em vários trabalhos publicados em revistas de grande impacto científico, introduzimos as dosagens de cortisol salivar e fecal, através de método imunoenzimático (ELISA).
Os processos de amostragem salivar e fecal são relativamente fáceis de executar, e não exigem contenção mais criteriosa como demandada na coleta de sangue.
Há uma alta correlação entre cortisol salivar e fecal com o cortisol plasmático.
O cortisol difunde-se na saliva pelo processo de difusão passiva, a concentração é independente da taxa de produção e é um reflexo direto da fração livre no sangue.
Para estimulação de suprarrenal por injeção endovenosa de ACTH, já foi demonstrado haver uma boa correlação entre cortisol plasmático e salivar.
A amostra fecal é a que apresenta maior facilidade de coleta, e possibilita inúmeras mensurações de cortisol por indivíduo.
Por não apresentar caráter invasivo, é ainda mais implicada para excluir os fatores estressantes de coleta.
Corresponde a uma excelente alternativa para espécies silvestres de vida livre ou alojadas em zoológicos.
Confesso que fiquei muito empolgado na concepção dessas análises!
Tenho certeza de que a dosagem de cortisol a partir de saliva ou fezes vai fazer uma grande diferença na sua rotina de avaliação endocrinológica!
Existem vários assuntos e pesquisas relacionadas que gostaria de detalhar aqui com você, mas prefiro não prolongar muito!
Qualquer dúvida, eu e meus colegas veterinários da Assessoria Científica do TECSA Laboratórios estamos à disposição!
Aguarde mais novidades, tenho um monte delas para te repassar!
Um abraço,
Dr. Otávio Valério de Carvalho
Diretor Técnico – TECSA Laboratórios